domingo, 28 de dezembro de 2008

Toda virtude
será
perdoada!
Vida Amor

Quem disse que amor foi feito pra dar certo?

Amor foi feito pra curar a dor
Pra chorar saudades

Pra brilhar o olhar
Pra simplesmente dizer:

Eu te amo!

Pra conhecer o quanto de nós
Pode-se doar pra outro alguém!

Pra dizer:

- Seja bem vindo

- coma um pouco mais

- Quer café?

E não deixar o outro ir embora
Pra criar trilha sonora na vida!

Pra dizer:

- Adeus...na partida
e
- Enfim, sós!

Quem foi que disse que o amor
Foi feito pra dar certo?

Amor foi feito pra ser
Vida!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

“É assim”
São assim os seres que voam...
Voam pra voar
Voam por tudo que é lugar
Voam pra olhar de fora, tudo o que foi e tudo que é agora
Voam pra compor seus destinos
Pra retornar á casa, voltar a ser criança
E de novo crescer com a vida que nunca deixou de existir, a vida paralela que sempre esteve ali no alçar de cada vôo e a cada turbulência a espera do retorno,
Para que seu vôo fosse sempre seguro.
Para que essa linha tênue entre o passado, futuro e presente se recarreguem enquanto se está voando em terras onde fora feto de pássaro-vento, correnteza de tempo, nascente barrenta, broto, fruto, mato e semente.
E novamente se lance pelo espaço da loucura, da poesia e do amor de outros mundos.
O vôo será sempre imprescindível
Pois voar é precisoViver é infinito.
Dicotomia
Cavalos desgovernados, índios e um xerife galã a luz da cena é avermelhada, provocando no espectador a sensação do desconforto, calor e sede, embora no seu mundo chova constantemente. Intervalo, momento propício para o passeio, propagandas, carros, mulheres e paisagens lindas e um tipo de paz que parece vir junta num pacote. Outra volta, o sexo é explicito a mão atrapalhada no controle e pensamentos... Passo para o futuro, escuridão de cor azulada ressaltado por um branco gélido e cinza, clima tenso e sombrio a um passo das estrelas, os personagens são vestidos num tom prata, legendado e dublado “os clássicos são os melhores, dá pra assistir quase dormindo”...intervalo, copo d’água, todos os incensos ligados, retorno aos cavalos desgovernados, possibilidades infinitas rastreadas copiosamente do árido ao escuro passeando por obscuros desejos......Botão Off, meia, tênis, chave, carteira, desliga na tomada, apaga tudo.Ele - a camisa é a de ontem?Com ele mesmo - Não sei, a cara é!- Uh!!!...Chiclete de canela...
- Enjoativo pra porra!Nos bolsos moedas e notas amassadas. Bate a porta, não consegue entender que índio era aquele no filme azul...não terminou nenhuma história confundiu nave-mãe com forte apache.- Uma ficha! Música bonita pra contrastar com o local!- Cerveja ou café com creme?- Os dois! E se vier misturado melhor...- Conheço a mulher do filme de sacanagem, não consigo entender o cara de roupa prata assistindo de camarote ao massacre de pobres índios selvagens...-Tipo de crescimento do eixo vegetal, que consiste na divisão sucessiva em duas partes iguais.

sábado, 13 de dezembro de 2008




Palavras

Existem palavras que quase nunca são ditas,
E não é por descuido, por descaso, por desconhecimento,
Simplesmente não são ditas.
Existem palavras que essas sim são ditas quase sempre, são ditas o tempo todo, são ditas sem medo de serem gastas.
Existem palavras que são daninhas, que ferem que machucam que magoam que arranham tudo que está em volta.
E as palavras que são benditas, que saram que abençoam que cicatrizam.
Existem palavras que só o tempo apaga.
E existem as palavras que ficam cravadas em nós, palavras que desatam nós e que libertam outras tantas palavras.
Existem palavras com versos, prosas e rimas.
E existem as que desatinam que não cabem no papel, que gritam holofotes gigantes e incendeiam com a força de um vulcão, toda uma nação.
Existem palavras que ferem muito mais por serem caladas,
E outras que de tão bonitas deveriam ter eco quando ditas,
E outras que de contra ponto, deveriam ser sussurradas para não causar espanto, pra não compreensão dos seus sentidos.
Existem palavras que cabem na palma da e incendeiam tudo o que tocam.
Existem palavras que correm feito loucas que vão do dedão do pé ao céu da boca,
Do dedão do pé ao céu da boca, do dedão do pé ao céu da boca e levam uma eternidade para serem exclamadas.
E outras que já nascem grito, que nos une no mesmo bonde, no mesmo rito, na mesma pulsação, existem palavras de ruas, de risos e rosas, palavras sombrias, confusas, chorosas, prontas pra caírem em desatino.
Palavras que decidem os destinos, palavras que definem um homem e o elevam ao patamar de um menino.
Existem palavras que escondem no seu mito o seu verdadeiro segredo
Palavras que não escolhem enredo
Misturam e bagunçam todos os sentimentos
Existem palavras que digo, que não dito, que apenas acredito
E por isso
E só por isso não calo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Vila Zenith
Casas de cor uniforme
Um laranjal de gente
Contente ou não
Nem sempre
Se organizam desorganizada mente
Se espelham sem reflexos
Anoitecem sem complexos
Conheço as noites e adoro a neblina
O silêncio só incomoda nos primeiros momentos
Ouço vozes ao longe
Ouço passos sincronizados e lentos
Apuro minha audição
e escuto a escuridão
respiro baixo
afogo meus segredos
sou apenas o observador da noite
o orvalho é quem acorda o dia.