Ele chega de bicicleta no calçadão
Ela olha de canto de olho através dos óculos escuros.
Ele observa o pôr do Sol
Ela finge que não vê
Ela se prepara para sair antes dos aplausos ao astro rei!
Ele desaparece...
Ela o procura mantendo sua discrição protegida pelos óculos escuros e desolada parte...
Ele se aproxima de bicicleta
Ela anda pelo calçadão, ao vê -lo faz careta
Eles se viram na noite, se encontraram na Lapa, mas ninguém os apresentou
Ele - Posso te acompanhar?
Ela não responde
Ele – Olha, eu sou de boa família, tenho um bom papo, posso até te dar uma carona na minha
bike.
Ela finge acelerar o passo.
Ele – Se você me der seu e-mail, eu posso te mandar o meu currículo, daí você pode avaliar, prometo que estará na sua caixa postal amanhã de manhã... isso é... caso a gente não durma junto hoje...
Ela tenta controlar o riso, mas não resiste ri.
O céu fecha de repente, as nuvens pesadas desabam como um forte choro no verão carioca!
A luz fosca na contraluz os contornos molhados revelam dois seres sem contato com o mundo exterior, isolados, cobertos por uma cortina d’água, celulares encharcados cigarros despedaçados e a certeza que a felicidade estava guardada sem riscos, num pode de cubos de açúcar.
O amor no pequeno quarto é feito as pressas com a fome de quem sacia a sede no mar
Ele - Eu já to em outro mundo – seus olhares gritavam afogados pelo soluços dos corpos agora encharcados de suor.
Ela - Eu já estou em outro mundo e só me tragam de volta se existir um mundo melhor.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário